A partida da renomada jogadora Walewska Moreira de Oliveira, carinhosamente conhecida como Walewska, deixou um vazio profundo em seus numerosos fãs e amigos. Isso porque, recentemente, ela participou de uma comovente entrevista no podcast "Ataque Defesa", apresentada pelo renomado jornalista esportivo Alê Oliveira. A entrevista, que ocorreu no início da semana passada, revelou uma visão perspicaz do atleta sobre sua carreira e perspectivas para o futuro. Vale mencionar que Walewska comemoraria seu 44º aniversário em menos de dez dias, no dia 1º de outubro.
Durante esse diálogo íntimo, o atleta fez uma retrospectiva de sua carreira extraordinária e incluiu detalhes sobre os bastidores de sua conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Ela enfatizou a importância do processo em sua jornada, destacando que a medalha de ouro era mais do que um símbolo, era o resultado de uma dedicação incansável, de elevações quedas e elevadas ao longo do caminho.
"Sempre fui muito ligado ao processo. O processo para mim sempre foi muito importante. As pessoas no meu podcast olham a medalha de ouro e falam 'nossa, não vou pegar.' Aí eu falo que é só um símbolo de todo o processo que me levou. Então quando eu subo no pódio em 2008 e pego a medalha, eu absolutamente lembrei de tudo o que eu fiz, tive que percorrer, quantas vezes eu caí, quantas vezes eu levantei para alcançar aquilo", declarou com emoção.
Nos meses que antecederam sua trágica partida, Walewska estava repleta de novos projetos e paixões.
Além de ter publicado sua inspirada autobiografia intitulada "Outras Redes", ela também estava embarcando em uma colaboração fascinante com a terapeuta Margareth Signorelli, criando o podcast "Olympic Mind". O propósito desse projeto era explorar a atenção dos participantes de alto desempenho, fornecendo insights valiosos para os ouvintes.
"Demorei para entrar nas redes sociais. No Instagram mesmo foi no meu último ano de atleta. Porque todo mundo pedia muito. Tinha algumas pessoas que nem sabiam que eu era casada, de tão reservada que eu era. Acho que foi necessário porque eu sempre Fui muito focado no que eu estava fazendo. Não senti falta de ter Instagram. Eu via as meninas confundi e gastando muito tempo ali. Acho que meu tempo era na leitura, ver um filme, escutar uma boa música.
Então o meu tempo que era livre, que era pouco, usava muito melhor tendo acesso a algumas coisas que foram muito importantes para o meu pós-carreira", incidentalmente sobre sua jornada nas redes sociais.
Walewska também se dedicou a ampliar a discussão sobre esporte durante essa conversa revelada. Ela expressou sua paixão por compartilhar o conhecimento adquirido ao longo de seus 30 anos de carreira e enfatizou a necessidade dos atletas considerarem o futuro, especialmente após o término de suas carreiras esportivas.
“Tudo o que eu faço hoje é direcionado para mostrar o conhecimento que adquiri nesses 30 anos e falar disso. Tem algumas coisas que tocaram. O atleta não fala de dinheiro, de pós-carreira, não fala de planejamento, não se prepara estudando, aprendendo outras coisas para que quando ele cai no mundo fora da redoma, ele se preocupa pelo menos bem preparado.
Não vou falar que será fácil, mas será um pouco mais fácil se ele tiver esse pensamento de que aquilo vai terminar um dia. Vou fazer 44 anos dia 01 de outubro. Eu tenho pelo menos mais 40 anos de vida produtiva. É um mundo inteiro que você tem que pensar quando está dentro da quadra”, ressaltou com sabedoria na ocasião.
Walewska, com sua sabedoria e paixão, deixa um legado não apenas no mundo esportivo, mas também como mentora e modelo a ser seguido para gerações futuras de atletas. Sua última entrevista é um testemunho emocionante de sua jornada notável e sua visão para um futuro em que os atletas podem se preparar não apenas para o sucesso nas quadras, mas também para uma vida produtiva e significativa além delas. Walewska será lembrada não apenas como uma campeã olímpica, mas também como uma inspiração eterna para todos nós.